Trampabilidade: Parte I

14 de dez. de 2011

Trampabilidade: Parte I

Bem amigos da rede Globo, ops, do Mulheres Sem Neuroses, tudo bem?

Depois do debute de ontem, estava na hora de eu mandar mais um pouco sobre aquilo que passa na minha cabeça, no cotidiano (grande coisa =P)

Este será o primeiro, de muitos outros textos, que falará sobre a mulher e o mercado de trabalho. Começarei com um tema simples: Por que as mulheres não gostam de ter chefes do sexo feminino.Isso é mito, tabu, ou preconceito? Aliás a palavra "chefe" é coisa do passado (eca!). Pode dizer supervisora, coordenadora, diretora, etc, etc.

O meu contato com o mercado de trabalho começou muito cedo, lá na adolescência. Na maioria das vezes, fui guiada por  homens, mas foram as mulheres que no geral marcaram a minha história de vida profissional. A minha primeira  referência também não veio de uma empresa, mas sim de casa, pois sei que minha mãe trabalhava como gente grande desde pequenina, e até hoje ela diz que ninguém morre de trabalhar (confesso que hoje, começo a desconfiar dessa informação, mas isso é pra outro post).

Foram experiências super gratificantes, onde pude ver de vários ângulos: o poder da amabilidade, da paciência, da flexibilidade e da própria beleza feminina, que muitas vezes constrange o outro e faz as coisas ficarem muito melhores. Claro que no meio do caminho,  nem tudo foi marcado por flores. Tenho que por no pacote, a TPM, o ritmo frenético que nos é imposto diariamente, o modo de como trabalhamos, e a tal da competividade exagerada, como inimigas do bom relacionamento profissional entre superioras e subordinadas.

Só tenho a agradecer a vida, por ter trabalhado com mulheres fortes, inteligentes e guerreiras. Mas infelizmente, a tal competividade, afetou algumas de minhas amigas, fazendo as perderem seus postos de trabalhos. Aí você me pergunta: -Ca, como isso aconteceu? Nos dois casos de que tenho notícias, é que as superiores delas, estavam insatisfeitas com a sua "popularidade" dentro da empresa, pelas mesmas serem gentis, educadas e por serem bonitas. Ou sejam, foram dispensadas do trabalho, por puro recalque. Isso é muito feito, e recalque, tanto para homem quanto para mulher, escancara a falta de caráter deste superior.

Isso acima, são exemplos isolados, dentro de vários que acontecem no competitivo mercado de trabalho. Ao invés do recalcado se esforçar pra se tornar uma pessoa melhor, seja através de traços da sua personalidade, ou de através de aprimoramento acadêmico, usa de armas venenosas, como fofocas, intrigas e chantagens emocionais para detonar o seu "pseudo" adversário.

Como aprendizado, ao invés de instalarmos o senso exacerbado de competividade, podemos disseminar o senso de cooperativismo. Com ele, todos saem felizes: você, superior/subordinado,empregador e a sociedade no geral. Mulheres não estamos num octógono de UFC, e sim mostrando mostrando nossos talentos num espaço que foi conquistado lá atrás por mulheres que queriam trabalhar, mas eram censuradas pela sociedade. Usem a essência feminina ao seu favor, e quebre o mito de como é ruim ter "chefe" mulher.

No momento que escrevia esse post, me lembrei de duas queridas, que me fizeram melhorar muito minha carreira e como pessoa também. Toma aê Fabizes a Camila =] Amo vocês!

Beijos de uma mulher sem neurose, Caren.